18 centímetros

Sinto-me com mais 18 centímetros.É bom, por enquanto.
Agora sei que bastam apenas 2 passos e um sim.
O positivismo espera. O espaço vazio cedeu lugar à complexidade e às certezas.
Nada me será tirado mas sim acrescentado, cada vez mais e mais.

Plantámos, deixámos crescer com a maior das facilidades, sem pressas, ao sabor do nosso tempo, do nosso ser, das nossas necessidades, ultrapassando muitas das dúvidas incrédulas e agnósticas que poderiam vir ao de cima e pôr tudo em causa.
Sei que agora, seria capaz de atingir o nível e que tu ficarias aquém.
É apenas uma pausa...claro que sim. Quando sentirmos falta daquilo que nos tiraram, sei que saberemos lutar pelo aquilo que nos uniu e em que um dia acreditámos, durante muito tempo.
Aprenderemos a separar o verdadeiro do artificial!

A chuva que devora as esquinas é a única canção que se ouve esta noite sobre o silêncio.
A questão será, escolher o que se diz e o que se omite. Falar com clareza. Não ter medo. Engavetar o que não está resolvido. Calar as dúvidas e sossegar a ansiedade. Esperar por um sol luminoso. Aquecer as moléculas de água, todas. Envolver o corpo em termos de calor moderado. Passar a limpo as ideias. Perfumar discretamente o som. Sentir uma brisa que liberta a pressão. Pôr uma cancela no lugar da porta blindada. Abrir todas as janelas. Sorver as correntes de ar. Avançar prudentemente, passo a passo. Saber reconhecer a realidade e a surrealidade. Cuidar dos dois ou das duas. Dar uma volta sob o céu. Delinear os relevos. Caminhar... em frente.

Proximidade

"Os dois num só-o mesmo espaço, o mesmo pensamento, a mesma vontade, o mesmo segredo.

O "destino" no encontro e na separação.

Olhares significativos.O ritual da entrega.

O amor ausente na relação Rei/Rainha.

A casa como espaço de entrega. A casa como espaço fechado, de interioridade, de vivências múltiplas, mas também ponto de partida para a relação com o mundo exterior.

Nalguns casos trata-se de um microespaço sacralizado.

A casa que fora nossa não é mais que um telhado e três paredes inseguras, sendo a quarta a muralha do castelo."

Entre aspas

Sentada.Copo.Pensamento.Abstracção.Vejo-te passar.Levanto-me.É tarde de mais.
Chamar por ti?!Não me apetece.A vontade já é pouca.Já foi maior?Sim... já... muito maior...
Imaginas?Pensas?Eu também meu amor.
Porém, as nossas vontades já não se coadunam...tornam-se cada vez mais "desnecessárias".
O Pensar e o sentir estão sempre,sempre de mãos dadas, assim como nós um dia também estivemos.
Por enquanto declaro em auto-defesa um grandessíssimo ponto final.
Ah (...) a tua estupidez provoca-me o riso!
Não se pode chamar estupidez a uma coisa de carácter tão sério, como os teus sentimentos que um dia também foram meus.
'Minha Importância!? Sem dúvida alguma, minha!'

'E se eu desistisse agora, achas que fazia sentido?!'

Perspicácia

Eventualidade mútua.
C0nvencionalidade racionalista.
Exagero marcante.
Palavras gastas.
Algo mais que o simples.
Complexidade volúvel.
Charme aromatizante.
Desconfiança ridícula.
Estupidez óbvia.

A-Será recíproco?!
B-Sim é. Sempre foi. E sempre será...
A-Se calhar é mesmo esse o...
B-O problema?!
A-Sim isso...
B-Não,não é...Descansa. Os problemas só se tornam problemas devido à grandiosidade da estupidez que nós, seres humanos, lhe atribui-mos.