terça-feira, 29 de setembro de 2009

One Love.

Alguém grita...para dar nas vistas: "Chegou!"
Eu desvio a atenção, viro a cara e tento manter a conversa de há um minuto atrás.
Oh bolas o inconsciente chama-me à razão.Não... eu não posso ser assim!Não podes estar a ver aquilo que não está à tua frente! Deixa-te de merdas e diz porra! Filha da puta.
-Ok,estás a falar comigo não estás?!
-Estou.
-Tinha saudades tuas.
-Eu também não.(Pára de ser insesível caramba!)
-Pára de ser insensível caramba!
-(Merda.)
-E então?
-Eu conheço-te melhor sabes?!
-Deixa-me!...
Afasto-me, mantenho a calma...A noite continua, apesar de estarmos ali parados feitos parvos a olhar um para o outro sem dizer-mos uma única palavra. Era como se ele me visse "por dentro".
A minha vontade de apagar este texto coaduna-se à vontade de apagar tudo aquilo que se passou entre nós...Mas sei que não pode ser, sei que estamos presos, que existem actos e palavras por detrás de toda esta "fraqueza" mútua.
-Vai-te foder!
-Não sem antes passármos pelo parque...
-Quero um frase filosófica!
-Vai-te foder!
-Amo-te.
-Vai-te foder!
-Quero-te para sempre no meio deste jogo de palavras.
-Sabes porquê?Porque quando cegas e encergas bastam apenas duas palavras.
-Um Sim e um Não, não é?
-Se sabes não perguntes.
-Ate manhã.
-É o último?
-Não sei...mas basta...
-Consigo ver-te "por dentro"...quer queiras quer não...
-Sim...eu sei.
-Dorme bem meu amor.
-Casas comigo?
-Até manhã.

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